27 nov GERENCIAR PESSOAS NA ERA DO CONHECIMENTO.
Esse é, se não o maior, um dos grandes desafios da atualidade. Como aprimorar a comunicação, aperfeiçoar competências, promover o trabalho em equipe, motivar pessoas numa época em que a informação toma conta das nossas vidas e os objetivos já não são mais comuns a todos?
Fazendo um retrato resumido do cenário atual: alta competitividade, tecnologias de comunicação, crise financeira, internacionalização. É um cenário de medo e insegurança. A única certeza que temos é que tudo vai mudar!
Neste cenário, um gestor precisa, antes de tudo, conhecer-se. Previamente ao trabalho com o outro, é necessário ter inteligência emocional, saber o que o move, reconhecer as próprias emoções.
Ciente dos seus pontos fracos e fortes, a raiva gera iniciativa em vez de agressão e a tristeza gera autoconhecimento em vez de paralisia. O medo estimula cautela, mas também a confiança nos relacionamentos e ela será a chave para o desenvolvimento, a motivação e o comprometimento da equipe.
O papel do gestor nas organizações é integrar pessoas e processos. Gerenciar processos é ter foco em metas, recursos e orçamentos.
Liderar pessoas demanda enxergá-las como indivíduos e não como números. Cada colaborador possui necessidades e qualidades próprias e assim deseja ser visto. Antes de tudo, chamar as pessoas pelo nome, conhecer seus sonhos e expectativas será crucial para alinhá-los à realidade e diretrizes da empresa.
E nesse ponto da caminhada do mercado de trabalho, temos as diferenças entre as gerações… Cada uma delas tem, também, características positivas e negativas que o líder deve conhecer para explorar melhor e evitar choques.
De uma forma bastante simplista, profissionais que estão hoje com 50, 60 anos são os baby bommers. Eles prezam a segurança e a estabilidade, são extremamente dedicados, tendem a seguir as regras e trabalhar o lado mais racional. São mais céticos, tem que ser preto no branco e não costumam se arriscar no que é desconhecido.
Os que estão na faixa de 30 e 40 anos são a geração X. Foram os primeiros a levar o trabalho para os relacionamentos pessoais, estendendo o lado profissional à vida privada. Eles sabem que o sucesso vem pelo mérito e anseiam por poder, influência e bens materiais. Provavelmente pela ambição, são, muitas vezes, os que mais apresentam problemas causados pelo stress.
Já a força de trabalho que se encontra na casa dos 20 anos quer mais é ser feliz. São flexíveis, mutáveis, experimentadores, multitarefas, mas tem dificuldade de aprofundamento, criação de raízes e aceitação de responsabilidades. Importa o agora, o hoje e não sucesso e o conforto que virá daqui a alguns anos.
O desafio da gestão é integrá-los. Se os indivíduos conseguem se adaptar uns aos outros, o resultado é a evolução.
É preciso fazê-los entender que ninguém é dono da verdade, todos são eternos aprendizes e há incontáveis benefícios em aprender uns com os outros. Há que se desapegar de velhos conceitos e abrir mão de posições para ganhar em interesses coletivos.
É necessário gerar conflito em vez de confronto. O conflito é positivo e quebra paradigmas, são opiniões diferentes que se respeitam e conseguem convergir para o objetivo comum. É o ganha-ganha. Já o confronto gera apenas o embate, um lado tem que perder para que o outro ganhe e, nessa equação, a empresa sempre perde.
O segredo, então, é propagar a ideia da melhoria contínua e integração. Estratégias de desenvolvimento de lideranças, comunicação interna, atração e retenção de talentos, gestão por competência e qualidade de vida no trabalho são indispensáveis.
Empresa atrativa compartilha seus princípios e visão de futuro, deixa claro aos colaboradores qual o seu papel dentro do processo, age conforme seu discurso e cria um ambiente que estimula o aprendizado, o compromisso e a criatividade.
O lugar onde houver conhecimentos compartilhados e a certeza de que esforços serão reconhecidos, onde todos se sentirem importantes e interdependentes, esse lugar inevitavelmente está fadado… Ao êxito.
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